Para não esquecer...

ACERCA DA MONARQUIA E DA MÚSICA

Tenho alguns amigos monárquicos, que em comum têm o defenderem a monarquia com duas relevantes razões:

  1. a monarquia é mais barata que a república; 
  2. o rei e a família real são exemplares. 
Não sei (quase) nada sobre 1); mas a verdade de 2) é para mim uma evidência evidentíssima.


Seja o exemplo de Don Juan, o emérito rei espanhol. Don Juan, diz quem sabe (diz-se, por exemplo, aqui), teve 5.000 amantes, com quem se encontrava de helicóptero. 5.000 dá para passar mais de um ano servindo-se de uma por dia, sem repetir. Se isto não é exemplar qualidade de vida, digam-me lá o que é. Quem é que não gostaria de ter uma vida assim?! Eu gostava.

O Don Juan espanhol ganhou aos pontos ao Don Juan de Mozart. Este, coitadito!, ficou-se por um modesto número de 2.065: pelas contas do seu criadote Leporello, 640 em Itália; 231 na Alemanha; 100 em França; 91 na Turquia; e, em Espanha, 1003. Leporello especifica que "são já 1003"; mesmo admitindo que esse "são já 1003" pode significar que o número continuava aberto para novas aquisições, mesmo assim, tenho dúvidas muito sérias de que alguma vez tenha conseguido o suficiente para chegar perto das 5.000.

Para que se não pense que estou a brincar (com coisas sérias não se brinca), convido a que (re)ouçam a aria onde Leporello faz a contagem:



escrito por ai.valhamedeus

0 comentário(s). Ler/reagir: